Os Holandeses em Pernambuco
A cultura açucareira na capitania se desenvolvia depressa, riquezas se instalavam em Olinda, tanta fartura, chamou a atenção dos Holandeses, que nos séculos XVI e XVII se dedicavam a práticas variadas tais como comércio, pirataria e invasões em geral. Foi assim que em 1630, 70 navios, 7000 homens e 200 canhões desembarcaram na costa pernambucana, na praia de Pau Amarelo ao norte de Olinda. Como primeira providência para enfraquecer os portugueses, incendiaram Olinda em 1631.Então com a capital destruída, onde se estabelecer? Para os holandeses, certamente nada lembrava mais a terra natal que o povoadozinho do porto, já rebatizado de Recife. Naturalmente, para acomodar a nova corte, mais espaço teria de ser ganho as águas. E assim drenaram-se rios, aterraram-se mangues, construíram-se pontes.
O principal artífice desta transformação chegaria ao Brasil em 1637: o Príncipe Johann Mauritius van Nassau-Siegen (Maurício de Nassau), comandante das tropas holandesas e governador-geral da província. Tomado de amores pelo lugar, decidiu construir seu sonho pessoal de cidade: a Cidade Maurícia, projetada pelo arquiteto Pieter Post, irmão do pintor Frans Post. A primeira ponte foi construída em 1643, chamada de Ponte Nassau e depois várias outras pontes foram construídas (hoje são 39, só no centro) dois palácios, igrejas e ruas. Só que a idéia da Companhia das Índias Ocidentais não era bem transformar Recife em uma metrópole, e sim conseguir lucros com as plantações de cana-de-açúcar. Daí uma certa irritação com Maurício de Nassau, o que resultou no seu chamado de volta à Holanda, em 1644. Sem Maurício de Nassau, cessaram as festas, os saraus e os empréstimos, e começaram as cobranças de dívidas. Os portugueses acharam, então, que hora de expulsar os invasores.
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